Quarto ou Cama Compartilhada: Benefícios e Regras de Segurança para o Bebê

A prática da cama compartilhada, em que os pais dividem a cama com o bebê, é uma tradição antiga que oferece proximidade e conforto entre mãe e filho. Ela permite que o bebê se sinta mais seguro e facilita a amamentação noturna. No entanto, é fundamental que essa prática seja feita de forma segura para evitar riscos, como o sufocamento ou a síndrome da morte súbita infantil (SMSI).

Benefícios da Cama Compartilhada

  • Facilita a Amamentação Noturna: O contato próximo entre mãe e bebê durante a noite pode aumentar a produção de leite e facilitar a amamentação frequente, especialmente durante as primeiras semanas de vida.
  • Vínculo Emocional: A cama compartilhada fortalece o vínculo entre pais e bebês, proporcionando um ambiente de segurança e conforto.
  • Maior Sensibilidade aos Sinais do Bebê: Estar próximo do bebê permite que os pais respondam rapidamente às necessidades dele, como fome ou desconforto.

Regras de Segurança para a Cama Compartilhada

Para que a cama compartilhada seja segura, é essencial seguir orientações que minimizam os riscos para o bebê:

  1. Superfície Firme e Segura: A cama deve ter um colchão firme, sem afundamentos, para evitar que o bebê fique preso em dobras ou entre espaços perigosos. Evite superfícies como sofás ou poltronas, que apresentam maior risco de sufocamento.
  2. O bebê deve dormir sempre ao lado da mãe, em vez de estar entre dois adultos. Posição protetora  Essa é a chamada posição em C, com os joelhos dobrados para cima, a mãe coloca o bebezinho próximo de seu peito e acima dos joelhos, o que faz com que o bebê fique protegido de se mover muito e acabar caindo da cama ou se enrolando nos cobertores.
  3. Sem Travesseiros ou Cobertas Pesadas: O uso de travesseiros, cobertores pesados e edredons pode representar risco de sufocamento para o bebê. Prefira cobertas leves e mantenha a área ao redor do bebê o mais livre possível.
  4. Posição Adequada do Bebê: O bebê deve ser colocado de barriga para cima, com a cabeça descoberta, sem a presença de objetos soltos ao redor que possam obstruir sua respiração.
  5. Não Compartilhar Cama se Estiver Sob Efeito de Álcool ou Medicamentos: Se os pais estiverem sob o efeito de substâncias que causam sonolência, como álcool, medicamentos ou outras drogas, a cama compartilhada deve ser evitada. Nesses casos, o risco de acidentes aumenta significativamente.
  6. Evite o Superaquecimento: Certifique-se de que o bebê esteja vestido adequadamente para a temperatura ambiente e que ele não esteja superaquecido. Ambientes muito quentes podem aumentar o risco de morte súbita.
  7. Evite a Cama Compartilhada com Fumantes: O fumo passivo é prejudicial para os bebês, e há uma associação entre o tabagismo e o aumento do risco de morte súbita. Pais fumantes devem evitar compartilhar a cama com o bebê.
  8. Espaço Adequado: A cama deve ter espaço suficiente para o bebê e os pais. Um espaço apertado pode aumentar o risco de sufocamento acidental.
  9. Uso de Barreiras de Proteção: Instalar barreiras de proteção ao lado da cama pode evitar que o bebê role para fora ou fique preso entre o colchão e a parede.
  10. Bebês abaixo de um ano não devem dormir com outros irmãos ou idosos, mas sempre com uma pessoa que pode assumir a responsabilidade daquela criança estar na cama.
  11. Cabelos muito longos devem ser amarrados para evitar que fiquem presos em volta do pescoço da criança, numa trança por exemplo.
  12. Bebês (com ou sem um adulto) nunca devem  dormir em sofás, futons, poltronas reclináveis ​​ou outras superfícies onde possam escorregar para uma fresta ou ficar presos nas costas da cadeira/sofá/etc

Alternativa Segura: Berço Acoplado

Uma alternativa segura à cama compartilhada é o uso de um berço acoplado à cama dos pais. Esse método permite que o bebê tenha proximidade com a mãe, facilitando a amamentação, mas garante uma área segura e separada para o sono.

A cama compartilhada pode trazer muitos benefícios, desde que praticada de maneira segura. O mais importante é sempre priorizar a saúde e a segurança do bebê, seguindo as recomendações adequadas para reduzir os riscos.

Referências bibliográficas

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